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domingo, 24 de fevereiro de 2013

A cruz, símbolo pagão?


A cruz, símbolo pagão?

Em síntese: A cruz, símbolo muito caro aos cristãos, é repudiada pelas Testemunhas de Jeová como algo de pagão e abominável. O artigo presente mostra quão inconsistente é a argumentação dos jeovistas; procede na base de preconceitos e distorção de textos bíblicos. Além do quê, é de se notar que nos primeiros decenios da Congregação das Testemunhas, ou seja, de 1891 até 1931, a Sociedade “Torre de Vigia” tinha por distintivo seu uma cruz latina atravessada por uma coroa real e cercada de folhas de louro; as Testemunhas usavam tal símbolo na lapela, e cada número da sua revista oficial Watch Tower (Torre de Vigia) trazia na capa tal símbolo.



Na Escritura Sagrada, na literatura cristã antiga e na arqueologia encontram-se eloqüentes testemunhos de que a cruz com quatro ou três braços (e não uma estaca ou um poste de tortura, como dizem as Testemunhas) foi o instrumento do suplício de Jesus e se tornou a insígnia mais característica dos cristãos.
As Testemunhas de Jeová, que já não são cristãos (pois não reconhecem Jesus Cristo como Deus e Homem nem a SS. Trindade), entre os temas de sua pregação, incluem a oposição ao sinal da Cruz como se fosse um símbolo pagão. Ora, precisamente o Primeiro Catecismo ensina que o sinal distintivo do cristão é, conforme toda a Tradição bíblica e pós-bíblica, o sinal da Cruz. As Testemunhas são tanto mais agressivas quanto menos argumentos têm para fundamentar as suas sentenças.
O assunto “Cruz, Sinal do Cristão” já foi abordado em PR 307/1987, pp. 545s e 351/1991, pp. 364-374. Visto, porém, que constantes solicitações de esclarecimento nos ocorrem, voltaremos a considerá-lo nas páginas seguintes, acrescentando novos dados ao que já foi exposto.
1. OBJEÇÕES
Consideraremos quatro das várias objeções levantadas pelas Testemunhas contra a estima da Cruz.
1) As Testemunhas afirmam que Jesus não pendeu de uma Cruz, mas de um “poste de tortura”ou de uma estaca fincada no solo,tendo as mãos atadas ao topo dessa estaca. fim de o sustentar,apelam para
Dt 21,22: ”Quando alguém tiver cometido um crime que mereça a pena de, morte, for morto e suspenso a uma árvore, seu cadáver hão poderá permanecer na árvore à noite; tu o sepultarás no mesmo dia, pois o que for suspenso será um ma/dito de Deus”.
e
Js 10,26: ”Josué feriu e matou os inimigos, e os fez suspender em cinco árvores, nas quais ficaram suspensos até a tarde”.
A propósito destes textos notemos:
Os judeus penduravam a árvores os cadáveres dos criminosos já mortos; não havia estacas ou árvores para homens ainda vivos; é, aliás, o que se depreende dos próprios textos bíblicos. Esta observação é válida para dissipar a idéia de que Jesus tenha sido supliciado como teriam feito os judeus (estes não faziam pender de postes ou estacas homens vivos).
Ademais deve-se chamar a atenção ainda para o fato de que a tradução bíblica dos LXX realizada em 200 a.C. em Alexandria (Egito) verteu o termo hebraico ’es (estaca ou árvore) por xylon dídymon, lenho duplo ou geminado, o que mostra que em ambiente de cultura helenística o instrumento mortal não era uma estaca ou uma árvore, mas era a cruz de dois braços.
2) As Testemunhas raciocinam do seguinte modo:
“No antigo Israel, judeus infiéis choravam a morte do falso deus Tamuz. Jeová disse que aquilo que eles faziam era detestável (Ez 8,14s). Compreende-se melhor esta sentença de Jeová quando sedescobre que, historicamente, Tamuz não era mais que outro nome de Nimrod, o rebelde pós-diluviano, que se declarou contra Jeová. O símbolo de Tamuz era a cruz. Venerando-a, honra-se Nimrod (cf. Gn 10,8-10)” (Racionamos fazendo uso das Escrituras, pp. 88s).
Respondemos que a aproximação desse fato do Antigo Testamento com a morte de Cristo é muito vaga e artificial. Quando o livro do Gn 10,8-10 se refere a Nimrod, não diz que era inimigo de Javé nem que o seu símbolo era a cruz; de resto, Nimrod é uma figura que os eruditos não identificaram com precisão (ver A. van den Born, Dicionário Enciclopédico da Bíblia, verbete Nimrod). Quanto a Tamuz, não há fundamentos para identificá-lo com Nimrod; muito menos se pode dizer que o símbolo de Tamuz era a cruz; ver o mesmo Dicionário, verbete Tamuz.
3) As Testemunhas se comprazem outrossim em citar a Enciclopédia Britânica, onde se lê:
“Vários objetos marcados com cruzes de diversos tipos e que se referem a um período muito anterior à era cristã, têm sido encontrados quase em todas as partes do mundo antigo. Índia, Síria, Pérsia e Egito têm fornecido inumeráveis exemplos desta natureza. . . O uso da cruz, como símbolo religioso dos tempos pré-cristãos e entre os povos não-cristãos, talvez possa ser considerado quase universal e, em muitos casos, era associado com qualquer forma de adoração à natureza” (fascículo citado, p. 86).
As Testemunhas, porém, não citam o resto do verbete da Enciclopédia Britânica, que diz:
“A morte de Cristo sobre uma cruz conferiu necessariamente um significado novo a um sinal que até então tinha sido associado com um mundo religioso não só não-cristão, mas normalmente radical e contrário a este” (The Encyclopedia Britannica, vol. 6, 1946, p. 754).
4) Constantino, Imperador Romano de 313 a 337, terá introduzido o símbolo pagão da cruz na iconografia crista”.
1 Em grego, Cristo se escreve XPISTÓS,- os antigos cristãos colocavam o P dentro do X.
Respondemos, reconhecendo que Constantino era um adorador do Sol em seus primeiros tempos de vida pública. O seu biógrafo, Eusébio de Cesaréia, narra que em 28/10/312 teve uma visão da Cruz no céu, diante da ponte Mílvia em Roma, quando se aprestava para enfrentar seu adversário Maxêncio. Ao lado da cruz se encontravam as palavras “Com este sinal vencerás!” (en toutoi nika); na noite seguinte, Cristo terá aparecido a Constantino com o mesmo sinal da Cruz e lhe terá ordenado que fizesse um estandarte ou uma bandeira com o monograma de Cristo (X atravessado por um R grego), o que mais tarde tomou o nome de labarum:
O relato de Eusébio de Cesaréia é controvertido. Como quer que seja, não é do tempo de Constantino que data a veneração da Cruz por parte dos cristãos, como se depreende de quanto já dissemos em PR 351/1991, pp. 370-374 e ainda diremos a seguir.

2. LINGUISTICA E ARQUEOLOGIA
Jesus foi condenado por Pôncio Pilatos sob a pressão dos fariseus. . . e condenado à morte segundo o estilo romano, more romanorum; Pilatos não se preocupava com as prescrições do Deuteronômio e as interpretações dos rabinos. Ora a crucifixão era usual entre os romanos, adotada já por povos mais antigos. Com efeito; os persas, nos séculos V/IV a.C. a aplicavam; o costume passou para o Império de Alexandre Magno, que em 331 venceu os persas, dando origem á cultura helenística. Os cartaginenses puniam os reis nacionais e estrangeiros com a cruz. Parece que foram eles que transmitiram o costume aos romanos; estes, por sua vez, o fizeram chegar à Palestina, nos tempos de Alexandre Janeu (67 a.C), rei de Judá impregnado de cultura helenística. Os romanos aplicavam o suplício da cruz aos piratas, bandidos e rebeldes; era dito supplicium servile, porque destinado originariamente aos escravos; aplicavam-no, porém, ocasionalmente, aos cidadãos romanos, apesar dos protestos de Cícero.
Examinemos as modalidades de cruz e crucifixão vigentes entre os romanos.
Estes conheciam
— a crux immissa ou capitata, com quatro braços: a haste vertical passava além da horizontal; esta forma ficou conhecida como crux latina;
— a crux commissa, em forma de T,com três braços, sem a cabeça;
— a crux decussata ou cruz de S. André, em forma de X, letra esta que exprimia o número dez (decem,donde decussata). Não parece ter sido usada em execuções oficiais.
O braço vertical era chamado stipes ou staticulum; ficava plantado na terra no lugar determinado para as execuções, pelo menos nas cidades do Império que tinham tribunal. Um tal lugar existia também em Jerusalém, capital de uma província turbulenta, onde a crucifixão era um meio importante para coibir as revoltas da população.
O braço horizontal era chamado patibulum, nome que indicava a tranca ou a barra de madeira que fechava a porta da casa por dentro; tirada aquela barra, a porta patebat, isto é, abria-se. Essa barra era usada para punir escravos. No caso de crucifixão, o cruciarius ou o condenado à cruz, partindo do tribunal ou da prisão, carregava seu patibulum posto sobre os seus ombros (horizontalmente, atrás da nuca); as mãos passadas por cima do madeiro eram amarradas à barra com cordas; as pontas das cordas eram seguradas por um soldado, que ia â frente do condenado e que “o conduzia para onde ele não queria” (cf. Jo 21,18).
A cruz podia trazer um titulus, que indicava a causa da condenação, como se deu no caso de Jesus. Esse letreiro foi colocado por cima da cabeça de Jesus (cf. Mt 27,37), o que bem evidencia que Jesus estava pregado a uma cruz capitata; se tivesse sido preso a um poste, o letreiro estaria acima de suas mãos, não “em cima de sua cabeça”.
O fato de que os romanos usavam cruzes, com stipes ou patibulum, e não estacas, é amplamente documentado por testemunhos literários e arqueológicos. Plauto (254-184 a.C), teatrólogo romano, escreveu a comédia Mostellaria, que narra uma crucifixão; fala explicitamente do patibulum, carregado pela vítima até o lugar da execução; o relato de Plauto muito se assemelha ao dos Evangelhos. Firmício Materno, orador pagão feito cristão no século IV, refere que o condenado era “pregado ao patíbulo, e erguido na cruz”.
Quanto à palavra grega staurós, que geralmente se traduz por cruz, ocorre mais de 40 vezes no Novo Testamento, ao passo que xylon (madeiro, cruz) cinco vezes apenas.
As Testemunhas de Jeová alegam que staurós significa poste,estaca, e não cruz. Que dizer a propósito?
O poeta grego Homero, seis séculos antes de Cristo, usa realmente staurós no sentido de estaca. Podia ser um poste para fins pacíficos, como os da construção civil, mas podia também ser instrumento de tortura. Como tal, foi o poste (staurós) usado pelos romanos, tendo dois braços.
Em latim poste ou estaca se diz palus, adminiculum (quando usado como apoio), vallus (quando servia de paliçada, cercando os acampamentos militares). Para designar a tortura em estaca, os latinos diziam ad palum adlisare, figere in palum, e não crucifigere. As primeiras traduções latinas do Novo Testamento, feitas no século II, sempre traduziram staurós por crux, e nunca por palus (estaca).
Passemos agora à história dos primeiros séculos do Cristianismo.
3. NOS PRIMEIROS SÉCULOS
3.1. Em Herculano
A mais antiga representação da cruz cristã com seus quatro braços data do século I. Com efeito, em Herculano, cidade soterrada pelas lavas do Vesúvio em 79 d.C, foi encontrada, no ano de 1939, a marca de uma cruz sobre uma parede de estuque, na parte reservada aos escravos de uma casa nobre. Em volta da cruz, ainda estavam os pregos que sustentavam a porta ou a cortina que escondia o símbolo cristão. Após longo e cuidadoso exame, o professor A. Maiuri, diretor das escavações, garantiu que se tratava de uma cruz cristã; apesar das objeções levantadas contra esta conclusão, fica sendo a mais aceita. Isto quer dizer que cerca de quarenta anos após a Ascensão do Senhor havia no sul da Itália uma igreja doméstica em Herculano. Aliás, em 61, São Paulo desembarcou na cidade de Puzzuoli, onde encontrou alguns cristãos (cf. At 28,14), com os quais ficou uma semana; daí ser verossímil que nas vizinhanças, ou seja, em Pompéia e Herculano (cidades destruídas pelo Vesúvio em 24/08/79) houvesse também pequenas comunidades cristãs.
3.2. Em Pompéia
Em Pompéia encontrou-se o “quadrado mágico”, que parece ser outra reminiscência dos cristãos, que cultuavam às ocultas o Deus crucificado. Com efeito, o quadrado mágico compõe-se de cinco letras, dispostas em cinco linhas:
S A T O R
A R E P O
T E N E T
O P E R A
R O T A S
As palavras podem ser lidas da esquerda para a direita ou da direita para a esquerda, de cima para baixo ou de baixo para cima; daí resulta um criptograma, ou uma escrita que revela e vela. Observe-se que a palavra TENET ocorre no centro da figura tanto em sua dimensão vertical quanto na horizontal; forma uma cruz e parece referir-se ao fato de que Deus tenet (tem firmemente em suas mãos) a criação. — As cinco palavras podem ser assim traduzidas:
O SEMEADOR AREPO SEGURA CUIDADOSAMENTE AS RODAS
As rodas significariam, no caso, o carro ou o arado (muitas vezes munido de rodas na antiguidade).
Os pesquisadores julgaram que tal quadrado podia ainda conter ulterior segredo; daí a procura de algum outro sentido oculto. A descoberta foi efetuada por dois eruditos, um alemão (Felix Grosser) e outro escandinavo (Siqurd Agrell), que estudaram o assunto independentemente um do outro. Ambos em 1925 publicaram o resultado de suas pesquisas: as 25 letras formam dois PATER NOSTER, que se cruzam sobre a letra N. Os dois A e O que sobram evocam o símbolo de Cristo, que no Apocalipse diz: “Eu sou o Alfa e o Omega” (1,8). Donde se segue esta figura:
P
A
A             T              O
E
R
PATERNOSTER
O
S
O             T              A
E
R
Os estudiosos aceitaram, em grande escala, a conclusão dos dois pesquisadores. Aliás, no plano das estatísticas há uma probabilidade infinitesimal de que as letras do palíndromo (conjunto de letras que podem ser lidas em ambos os sentidos) formem por mero acaso a figura que Grosser e Agrell descobriram. Verificou-se assim a antiguidade da comunidade cristã de Pompéia, que expressava a sua fé através de sinais polivalentes, tendo por base a Cruz de Cristo. Ainda em Pompéia, no ano de 1936 (novembro), os arqueólogos acharam as letras ANO, cujo sentido foi ilustrado pelo do quadrado mágico: N é o centro onde se encontram os braços da Cruz, e as letras A e O são as que anunciam ser Jesus o começo e o fim. Estava assim confirmada a interpretação do quadrado mágico.
Restava (e resta) ainda saber mais precisamente o que quer dizer AREPO: há quem julgue ser nome próprio, mas há também quem o traduza por ARADO (valendo-se de uma antiga tradução do criptograma para o grego e também de um vocábulo céltico conhecido no mundo latino). A tradução de AREPO por arado corresponderia bem ao fato de que o arado era, nos primeiros séculos cristãos, um símbolo da cruz (símbolo que revelava e também velava aos olhos dos pagãos, para os quais a cruz era ininteligível ou mesmo abominável). Conseqüentemente, a tradução do criptograma seria:
O SEMEADOR (= CRISTO)
NO ARADO (=SOBRE A CRUZ)
MANTÉM (= TENET)
COM SEU SACRIFÍCIO (= OPERA)
AS RODAS (DA HISTÓRIA DOS HOMENS E DO MUNDO)
Existem também aqueles que interpretam AREPO como a ligação das iniciais da fórmula de fé: AETERNUS REDEMPTOR ET PASTOR OMNI-POTENS.
Independentemente das traduções, o quadrado mágico de Pompéia significa que na segunda metade do século I (antes de 79 ou mesmo na década de 60) já havia no sul da Itália:
1)    uma comunidade cristã que cultuava a Cruz de quatro braços e usava as letras Alfa e õmega, presentes no Apocalipse;
2)    essa comunidade conhecia uma tradução latina da Oração ensinada por Jesus.
3.3 No Palatino
Em 1856 descobriu-se sobre a colina do Palatino em Roma um grafito singular: apresenta um devoto ajoelhado diante de um burro pendente não de um poste, mas com as patas dianteiras estendidas e pregadas sobre uma cruz claramente traçada. O desenho é ilustrado pelos dizeres: “Alexâmenos adora Deus” (em grego). É uma sátira à devoção que os cristãos tributavam à Cruz de Cristo; a Redenção pela Cruz seria loucura e escândalo, como diz São Paulo em 1Cor 1,23.
3.4. Na Literatura Cristã
São Justino (+165) observa que Moisés a orar com os braços abertos (cf. Ex 17,10-12) era figura de Jesus intercedendo pela humanidade, pregado à Cruz (Diálogo com Trifão 90,4).
O mesmo escritor menciona a imagem da Cruz presente em vários elementos naturais e em artefatos que cercam o homem:
“Ela (a cruz) é o maior símbolo do poder de Cristo, assim como aparece também nas coisas que caem sob o nosso olhar. Observai, de fato, se há em tudo o que existe no universo algo que se faça ou se possa manter sem esta figura. Não se pode sulcar o mar, se aquele troféu que se chama vela não permanecer íntegro sobre a nave; não se ara a terra sem aquele símbolo; os que cavam a terra e os artesãos não podem realizar seu trabalho se não usam instrumentos que refletem essa figura. Em nada a figura humana difere dos animais irracionais a não ser porque é ereta e pode estender os braços. . . Mesmo as insígnias com as quais marchais em público e que constituís como sinal de vosso império e de vosso poder, se bem que façais isso sem estar conscientes. . .” (citado por V. Messori,Padeceu sob Pôncio Pilatos?, p. 342).)
Tertuliano (+220 aproximadamente) afirma que os cristãos, quando rezam com os braços erguidos à altura dos ombros e com as mãos abertas, realizam o gesto de Jesus sobre o patíbulo e acrescenta: “Até mesmo os pássaros dos céus, acordando de manhã muito cedo, se dirigem na direção do céu e, abrindo as asas em forma de cruz, dizem algo que parece uma oração” (De Oratione,29,4).
Outros testemunhos poderiam ser citados. Passamos, porém, a uma observação final.
4. A HISTÓRIA DA CRUZ ENTRE AS TESTEMUNHAS
Charles Taze Russell (1852-1916) é o fundador das Testemunhas de Jeová, Comerciante, filiado à denominação adventista, refez o cálculo da data da segunda vinda de Cristo, sem, porém, acertar. Foi condenado por um tribunal norte-americano, porque afirmara conhecer grego e hebraico, mas foi comprovado que ignorava estas línguas. Russell afirmou várias proposições que os dirigentes posteriores das Testemunhas não ousam repetir; por isto, os escritos de Russell não são reimpressos pelos mentores supremos da Congregação. Ora, entre os traços iniciais da história das Testemunhas está algo que os crentes não conhecem porque foi censurado; com efeito, de 1891 a 1931 o símbolo da Sociedade “Torre de Vigia” era precisamente uma cruz latina, atravessada por uma coroa régia, sendo todo o conjunto cercado por folhas de louro! Os Estudiosos da Bíblia (título originário das Testemunhas) levavam na lapela essa cruz, que estava também sobre a capa de cada número da revista Watch Tower, revista oficial da Congregação. Na verdade, foi somente em 1937 que. F. Rutherford, presidente da “Torre de Vigia”, descobriu que a cruz era “um símbolo babilônico e satanicamente pagão”.
Vê-se assim quão arbitrária e inconsistente é a aversão das Testemunhas ao símbolo da Cruz. Este continua sendo o mais autêntico sinal dos cristãos, exprimindo a transfiguração da dor e da morte desde que Cristo a tornou a nova árvore da vida!

fonte:
http://www.paraclitus.com.br/2011/magisterio/historia-da-igreja/a-cruz-simbolo/

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