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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Livre Arbitrio

Pax Domini! Outro dia navegando pelos blogs e sites que falam de Deus, me deparei com um blog dito ateu que dizia algumas bobagens, entre elas ele afirmava assim: Se Deus é o sabe tudo e o pode tudo, como ele não sabia que os anjos iam se rebelar? Se sabia por que criou? Fiquei pensando nessa tolice, porque a primeira vista, pensei ter um certo sentido. Mas ao estudar mais detalhadamente o Catecismo da Igreja Católica se percebe que tal afirmação é tola. Veja por que…
A escritura fala de um pecado desses anjos. Esta ”queda” consiste na opção livre desses espíritos criados, que rejeitaram radical e irrevogavelmente a Deus e ao seu reino (CIC§392)
Você reparou bem no termo opção livre? Vamos analisar esse termo. Opção livre.
Quando Deus criou tanto os homens como os anjos, Ele os dotou com o Livre Arbítrio. E isso nada mais é do que a capacidade do ser criado optar pelo bem e pelo mal, pelo que o seu criador deseja ou não. Esse livre arbítrio dado por Deus, é uma prova de amor profundo pelas suas criaturas. Como dizemos sempre: Quem ama deixa livre…
O amor que Deus deseja de suas criaturas é um amor livre. Um amor que não é obrigatório. Assim o amor é mais sincero e profundo. Imagine duas figuras: O que ama e o que é amado. Aquele ama, e portanto deixa livre, vê que uma hora, o seu amado vai precisar dar uma resposta definitiva. É o amadurecimento do sentimento. Isso nós vemos todos os dias. E essa resposta precisa ser livre. Igual a uma mãe e um pai que geram um filho, criam e educam. Chega uma hora que o filho é convidado a dar uma resposta de amor. E muitos dão. Uns cuidam dos pais, levam para suas casas, outros ajudam financeiramente, sempre dando carinho… Mas infelizmente muitos acabam deixando seus pais de lado. É triste mas é real. Faça uma visita a um asilo no dia dos pais ou no dia das mães… É triste ver…
Também foi assim com os homens. Mas antes disso, foi assim com os anjos. Deus os criou como seres espirituais. Os capacitou para serem seus servos e os deu uma função no seu plano criador. Mas chegou um momento (e isso é um mistério que não sabemos quando), que os anjos tiveram também que declarar seu amor e sua fidelidade a Deus. E ai aconteceu a queda. Alguns desses anjos não quiseram, de livre e espontânea vontade, serem fieis a Deus. Preferiram ir por outros caminhos.
Realmente Deus pode tudo. Ele é onipotente. Ele é onipresente. Ele é onisciente. Mas Ele não vai, mesmo que sofra com isso, desfazer o livre abítrio. Por que não? Acredito que Ele ame muito a cada um e deseje ser amado por cada um de forma livre. É a decisão de um Deus. E Ele age acertadamente, pois age por amor. Deus é amor! (1Jo 4,8)


Liberdade ou libertinagem?

Enquanto as paixões nos dominarem, não seremos livres e felizes 
A maior aspiração do ser humano é a felicidade. E isso é conseqüência natural de termos sido criados à “imagem e semelhança de Deus” (cf. Gen 1,26), para participar de sua vida bem-aventurada. Deus pôs em nós uma sede infinita para que somente n’Ele ela pudesse ser saciada. 

Santo Agostinho (354-430), depois de buscar a felicidade nos prazeres do mundo, na retórica, na oratória, no maniqueísmo e em tantas outras estripulias, somente saciou o seu coração quando encontrou o Evangelho. E mais adiante, lamentou ter demorado tanto para ter descoberto a verdadeira fonte da felicidade: “Ó Jesus Cristo, amável Senhor, por que, em toda a minha vida amei, por que desejei outra coisa senão Vós?”

O Criador não quis para nós uma felicidade pequena, esta que se encontra entre as coisas do mundo: o prazer dos sentidos, o delírio das riquezas ou o fascínio do poder e do prestígio. Tudo isso é ilusão, porque o que está abaixo de nós não pode satisfazer a nossa alma. Isso é muito pouco para nós. Deus quis que a nossa felicidade fosse muito maior; quis que esta fosse Ele próprio. E isso é um grande ato de amor do Pai para conosco. O Pai sempre quer “o melhor” para o filho.

É preciso distinguir entre liberdade e libertinagem, entre ser livre e ser libertino. Liberdade – sem compromisso com a verdade e com a responsabilidade – torna-se libertinagem; e esta jamais poderá gerar a felicidade, já que vai desembocar no pecado. E “o salário do pecado é a morte” (Rom 6,23).

Ser livre não é “fazer tudo o que eu quero”. Não. Muitas vezes, isso é loucura. A verdade é o trilho da verdadeira liberdade. Liberdade sem verdade é loucura. Será liberdade assegurar que dois mais dois são cinco? Será liberdade desrespeitar o manual do seu aparelho de TV e em vez de ligá-lo em uma tomada de 120 volts, como alerta o manual, você teimar em ligá-lo em outra de 210 volts?

Será liberdade, por exemplo, usar drogas, para se sentir livre, mesmo destruindo a vida?

Da mesma forma, será liberdade usar o sexo – sem o compromisso do casamento – apenas por prazer, mesmo sabendo que ele poderá gerar uma gravidez despreparada, um aborto, um adultério? Não. Tudo isso não é liberdade; é loucura!

A liberdade não pode ser confundida com libertinagem; posso dar socos no ar à vontade, mas até não atingir o nariz do meu irmão. Pregar a liberdade de expressão – sem respeitar os direitos dos outros – equivale à perversão intelectual e a volta à barbárie.

A liberdade de expressão não dá o direito a alguém de ofender ou ridicularizar o pai ou a mãe dos outros. Defender a liberdade absoluta de expressão é, muitas vezes, uma forma de “corporativismo doentio” de uma mídia às vezes mal formada, sem princípios éticos, que mascara a truculência e o arbítrio, e se esconde atrás de uma interpretação maldosa da lei.

A liberdade, que faz a felicidade, é alicerçada na verdade e na responsabilidade. Fora disso é loucura, libertinagem, irresponsabilidade... pecado, que vai gerar a dor, o sofrimento e as lágrimas. Não queira experimentá-la. É muito melhor aprender com o erro dos outros. Abra os olhos e tenha coragem de ver!

Experimente hoje dar a um jovem tudo o que ele quiser: dinheiro à vontade, prazer até não poder mais, “curtição” de toda natureza, e você verá que a sua “fome” de felicidade continuará insaciada. Não fosse isso verdade, não teríamos tantos jovens de famílias ricas, mas delinqüentes, envolvidos com as drogas, crimes, etc. Por outro lado, vá a um mosteiro e pergunte a um monge, que abdicou de todos os prazeres do corpo e do espírito, para abraçar somente a Deus, se lhe falta algo para ele ser feliz. A resposta será não! Nada lhe falta para ser feliz.

A liberdade só atinge a perfeição quando está ordenada para Deus, seu bem último. Quanto mais praticar o bem e a virtude, tanto mais livre a pessoa será. Enquanto as paixões nos dominarem, não seremos livres e felizes. Enquanto o espírito do homem for escravo da sua carne e da sua sensibilidade, este ainda não será livre. Ainda viverá se arrastando pela vida.

No tempo de Carnaval parece que se oficializou a prática do pecado; a liberação de todo vício e de todos os mais baixos instintos. Pobre criatura humana ferida pelo pecado original! Mergulha na lama mais fétida achando que sairá dela perfumada.

E o pior de tudo é quando as autoridades constituídas, que deveriam primar pelo bom senso, pelo pudor, pelo equilíbrio, entre outros, agem ao contrário disso e fomentam a imoralidade e a depravação distribuindo fartamente a “camisinha” e a “pílula do dia seguinte”, para que haja “sexo seguro”.

O cristão, que vive segundo a lei de Cristo, sabe que tudo isso é mau e aumenta o sofrimento e a escravidão da pessoa; por isso, não compactua com essa situação.

“Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito” (Rm 12,2).



Foto Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
 http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=8112

Palestra do Padre Léo



Nem tudo que me convem - Padre Léo - Parte 1

 


Nem tudo que me convem - Padre Léo - Parte 2




3 comentários:

  1. Se livre arbítrio é a liberdade individual e imutável que Deus concedeu a todos os homens por que não pude fazer uso dela quando bebê dizem que me batizaram? Eu pude opinar,dizer que teria que crer primeiro para ser batizado e salvo em consequência disso? Não,eu nem sabia falar,nem raciocinar,nem nada,Eu só queria mamar né? Depois,já adulto,segui os passos do mestre.

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  2. Se livre arbítrio é a liberdade individual e imutável que Deus concedeu a todos os homens por que não pude fazer uso dela quando bebê dizem que me batizaram? Eu pude opinar,dizer que teria que crer primeiro para ser batizado e salvo em consequência disso? Não,eu nem sabia falar,nem raciocinar,nem nada,Eu só queria mamar né? Depois,já adulto,segui os passos do mestre.

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  3. A mesma razão quando você era bebê e não teve livre arbitrio de escolher se queria ser vacinado ou não, se queria ir pra escola ou não, se queria tomar banho ou não, se queria VIVER ou não. Você era um Bebê ou uma criança mas o seus pais fizeram o Melhor para lhe dar a Educação e uma Vida Boa, Eles utilizaram essa Liberdade para te mostrar o Caminho Certo. Agora Chegou a Tua Hora de escolher se quer ou não continuar esse Caminho que os teus pais lhe mostraram

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